Rodrigo Fortes

"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana, mas não estou seguro sobre o primeiro"

Mau uso da informação...

O mau uso da internet atrapalha desenvolvimento intelectual e criativo da juventude e prejudica o mercado de trabalho.

O livro "The Dumbest Generation", lançado este ano pelo autor Mark Bauerlein, chega à conclusão que a juventude americana não lê, não acredita no trabalho, não visita museus, sequer consegue explicar fatos científicos e saber de historia. Porém passam um inacreditável tempo trocando eletronicamente historinhas, fatos, dedicando-se á atenção de seus pares.

O autor aborda a juventude americana, porém é para esta juventude que todos olham, principalmente em função do cinema. A característica marcante da juventude atual é um conhecimento descartável e sem utilidade.

A internet ao mesmo tempo em que é uma fonte infinita de informação, se torna um "poço" de inutilidade para a geração atual, fazendo um péssimo uso do poder que possuem nas mãos, se tornando uma geração vazia e perdida.

Bauerlein citou em um chat as razões para achar esta geração perdida.
1)"Alienação";
2)"Falta de leitura". Isso já vem de outras gerações;
3)"Incapacidade de soletrar";
4)"Os jovens são ridicularizados pelo grupo por pensarem de forma original". Um dos piores problemas da sociedade;
5)"Excesso de games";
6)"Incapacidade de memorizar a informação";
7)"Os professores não dizem que o jovem é burro e os pais não brecam as mensagens instantâneas";

O problema pode estar na própria formação dos professores. Eles não pedem uma elaboração do aluno, mas deseja que isto apareça na mão dele. Porém não podemos culpá-los, o que esperar de uma das profissões mais sacrificadas do país?

Não culparia especificamente professores ou pais e sim a sociedade, que está se tornando cada vez mais vazia, fútil e manipulada, não se tem opinião crítica, a era da informação será marcada pelo “conteúdo sem conteúdo”. Vai da consciência de cada um viver num mundo inútil ou tentar adquirir um raciocínio com idéias próprias, com visão do meio em que vivemos, não se deixando dominar pelo vazio digital.